Bullying nas Escolas – Por que acontece e como prevenir?

Bullying nas escolas, uma questão que envolve toda a comunidade escolar. Educadores, crianças e adolescentes, pais, gestores e a própria sociedade.

Não é simples definir suas causas, debater políticas de prevenção e o papel da escola. Mas é extremamente necessário e urgente ser pensado. 

O que significa Bullying?

O nome Bullying surgiu como um substantivo derivado do termo em inglês “bully”, que em livre tradução significa “valentão” ou “brigão”, mas também pode ser usado como verbo, significando “depreciar” ou “destratar”.

O bullying é o ato de menosprezar, intimidar e oprimir alguém, de maneira que pode ser física, psicológica, verbal ou até online.

São diversos meios onde são praticados o bullying, que vão desde xingamentos, difamações e comentários maldosos, a empurrões, chutes e humilhações públicas.

Consistindo na repetição dessas ações, ele traz consequências graves aos jovens. Traumas que marcam a vida escolar e precisarão de apoio psicológico muitas vezes.

Infelizmente não é incomum ouvir nas notícias casos de suicídios, massacres ou depressões causadas por esse mal. Por isso, cuidar disso é caso de saúde e segurança pública.. Qual a solução para o bullying?

O colégio é o local onde devem ser desenvolvidas as competências socioemocionais dos jovens e adolescentes. Como será que o Bullying interfere nisso?

E se o Bullying é algo que ocorre principalmente nas escolas, o que a instituição de ensino deve fazer para impedir e ajudar os envolvidos? Quais serão as consequências caso isso não seja feito?

Por que acontece o bullying?

O bullying não é um assunto recente, mas ganhou mais visibilidade recentemente. Muito pelas notícias, redes sociais e o aumento de ataques violentos em escolas. 

Por mais que ainda existam pessoas que negam a gravidade do problema, dizendo que antigamente a situação era normalizada, está claro o quanto precisamos cuidar da saúde mental dos jovens.

Com os meios eletrônicos, os xingamentos e apelidos foram tomando proporções maiores, pois o bullying passou a ser algo que acontece não só nas escolas, mas sim a todo momento, ocorrendo até pelos dispositivos móveis nas redes sociais.

Mas qual a razão de tamanha perseguição entre as pessoas? O que leva crianças e adolescentes a terem atitudes sádicas?

Existem diversos motivos do porquê isso ocorre, dentre muitas hipóteses. A literatura científica durante muitas décadas definiu o agressor como alguém com problemas de autoestima, que sofreu traumas e abusos violentos ou negligentes no lar. 

E apesar dessa construção ser válida em muitos casos de pessoas com comportamentos perigosos, não explica por si só os casos de bullying. Sabemos hoje, que vai além..

O entendimento do bullying hoje pela ciência já é de que a agressão ocorre entre indivíduos ou grupos que têm diferentes níveis de poder dentro do espaço. Muitas vezes para reforçar a popularidade, atenção e o poder sobre os demais.

Por isso, o bullying geralmente ocorre contra as “minorias”, pessoas que fogem da normatividade social e do padrão de beleza imposto.

A maior parte dos agressores utiliza de concepções preconceituosas contra diferenças de raça ou cor, orientação sexual, religião, peso corporal ou condições econômicas.

A formação do caráter e a maturidade são processos contínuos, que envolvem muita experimentação moral. Por isso, as crianças e adolescentes estão mais propensos a buscarem entender os limites das suas ações.

O bullying nas escolas é também intensificado pelos padrões de beleza, onde a sociedade determina cruelmente como devemos ser, e caso o jovem fuja desse ideal, ele torna-se um alvo.

Sendo esses ideais quase que uma “regra” para tudo. Que não se limitam a aparência física, a maneira de se vestir ou os acessórios da moda. Esses padrões se estendem a questões racistas, machistas, homofóbicas e gordofóbicas.

Tudo que não faz parte do padrão “perfeito” em cada assunto, é considerado inferior, causando a exclusão.

Quando e onde o bullying mais acontece?

Uma pesquisa inédita realizada em em 2009 pela Plan Brasil revelou vários dados sobre o Bullying no Brasil.

O estudo entrevistou grupos escolares das cinco regiões brasileiras, em diferentes escolas. Foram mais de 5.168 estudantes de escolas públicas, particulares, capitais e interior. 

E alguns dos resultados vão contra o senso comum da maior parte das pessoas. Os estabelecimentos de ensino privado, por exemplo, tiveram muito mais episódios de bullying relatados do que as escolas públicas. 

Assim como regiões “mais desenvolvidas”, como o sudeste, também tiveram muito mais casos de bullying comparadas a norte e nordeste. Mas vale a pena consultar os detalhes da pesquisa e também conferir outros estudos a respeito da temática.

Quais as consequências do bullying nas escolas?

Os resultados que o bullying traz são sérios e jamais podem ser tratados com indiferença pelas comunidades escolares.

As consequências podem começar com a perda do rendimento escolar, a exclusão e queda na autoestima. Mas quando intensificado, pode gerar distúrbios psíquicos, como a ansiedade, distúrbios alimentares, síndromes do pânico e depressão.

Lembrando que, consequências como essas podem afetar o futuro do jovem na vida adulta, ou até, em casos mais graves, levá-lo ao suicídio.

Outro ponto que não pode ser ignorado são as consequências do bullying para o jovem agressor, onde ele muito se preocupa em ser o popular e sentir-se poderoso, e acaba esquecendo das suas obrigações escolares.

Além de claro, crescer tornando-se um “valentão”, criando condutas inaceitáveis para o convívio em sociedade. Por isso, as escolas não devem ignorar as competências socioemocionais nas conversas do dia a dia escolar.

O bullying então pode gerar consequências irreversíveis para as vítimas e aos opressores, por isso é tão importante identificar os sinais quando ocorre e interferir imediatamente.

Como identificar e prevenir casos de bullying nas escolas?

Deve-se sempre estar atento aos sinais, sendo preciso educadores atentos nas escolas, familiares também com atenção aos comportamentos em casa.

Normalmente quem sofre bullying é o jovem com baixa autoestima e tímido, que ultimamente tem andado cada vez mais retraído. Todo indivíduo que foge do padrão social também é uma vítima provável de bullying.

Em casos mais graves, como o bullying com agressão física, os sinais são ainda mais nítidos. É possível observar marcas de agressões no corpo desses adolescentes.

Caso os pais e a escola estejam em dúvida de uma possível ameaça de bullying, não devem temer investigar e entrar em ação para descobrir o que está acontecendo.

Mas após identificado um caso de bullying, o que deve ser feito?

É necessário trabalhar sempre na raiz do problema, a escola deve estar sempre promovendo discussões sobre o assunto tanto com os pais quanto com os alunos. A conscientização é sempre o melhor caminho.

E como estão sendo tratadas as competências socioemocionais na sua escola? Aprimorá-las é um caminho importante para combater o bullying, pois quando corretamente trabalhadas, elas formam alunos mais empáticos.

O desenvolvimento socioemocional nas escolas, auxilia o entendimento do aluno que, praticar o bullying é uma ação negativa e imoral, que pode gerar consequências prejudiciais. 

Como a sua escola lida com o bullying?

Lei do Bullying escolar

Em 6 de novembro de 2015 foi sancionada a lei Nº13.185, um passo importante no combate ao bullying nas escolas.

Esta lei determina que a intimidação sistemática (bullying) consiste em “todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima”

Estabelecendo também que é necessária a capacitação de docentes e equipes pedagógicas para a implementação de ações e discussões que combatam o bullying. Além de dar assistência psicológica e social às vítimas e aos agressores.

Outro ponto importante que esta lei determina é o evitamento, tanto quanto possível, de punição ao agressor, priorizando ações que ajudem no desenvolvimento socioemocional dos mesmos, promovendo a mudança do comportamento hostil.

Sendo dever do estabelecimento de ensino “assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnóstico e combate à violência e à intimidação sistemática (bullying)”.

Como tornar a escola mais humana?

A escola hoje, precisa tornar-se mais humana. Transmitindo uma educação pensada no bem-estar do aluno e que prioriza o socioemocional.

Criar conexões interpessoais no ambiente escolar, faz com que o diálogo no colégio seja mais transparente, transformando o ambiente em um espaço seguro. 

Além disso, essas conexões estimulam o foco em valores sociais, como o respeito e a empatia. 

Desenvolver as competências socioemocionais nas escolas é um meio de combate ao bullying, onde os alunos aprendem a importância das conexões humanas.

Conheça a Humana Educação

A Humana Educação promove  justamente estas conexões, onde o desenvolvimento das competências socioemocionais é um tema central.

Somos uma rede de apoio às escolas, que proporciona trilhas de desenvolvimento, formações e consultorias em educação socioemocional para comunidades escolares.

Criamos espaços de confiança, autenticidade e vulnerabilidade com base em experiências únicas e reais.

Resultando em aprendizados que despertam sentimentos, possibilitando uma conexão mais humana entre os jovens.

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(14) 99602-0101

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