Avaliação e a Teoria da Panqueca – Novas formas de avaliar

Durante nossa trajetória na educação, na maioria das vezes em que questionamos aos estudantes para que servem as provas obtivemos respostas parecidas: “para deixar a gente ansioso”. Aos poucos, essa resposta é refinada para “para fazer a gente estudar”, e eventualmente “para ver se a gente aprendeu”, que com frequência, é acompanhado de um “mas nem sempre funciona”.

Essas respostas são sintomáticas e revelam um processo bem intencionado que se corrompeu. Sendo a avaliação uma parte tão fundamental do processo de aprendizagem, por que passa a ser tão temida pelos estudantes? Qual a pressão que reside na experiência de fazer prova?

São muitos os fatores que tornam as avaliações processos estressantes para eles. 

  • A pressão pela aprovação no vestibular;
  • O medo de decepcionar os pais;
  • O medo de reprovar e ser deixado para trás;
  • As constantes comparações;
  • O sentimento de incapacidade e incompetência que reside um tirar uma nota abaixo da média…

 

No entanto, aprendizado e notas altas nem sempre são sinônimos. Sabemos disso.

Vemos no dia a dia da escola muitos educadores que acabam usando a prova como método de coerção (o famoso “prestem atenção que isso vai cair na prova” rs) porque, muitas vezes, é apenas através da ameaça de uma avaliação difícil que os professores conseguem prender a atenção dos estudantes. 

Se você já vivenciou isso dentro da sua comunidade escolar, nosso ebook “Como se conectar com os estudantes e construir engajamento” pode auxiliar sua escola a cativar a atenção desses jovens de uma maneira mais efetiva.

Se nossos jovens têm como objetivo maior apenas a nota alta ou a nota suficiente para passar, por que não colar? Por que não decorar pra responder e na semana seguinte já não se lembrar mais? Conduzir as aulas como meios para um fim – a avaliação no fechamento do semestre – corrompe o significado do processo de ensino-aprendizagem e, dessa maneira, criamos e aplicamos provas que não provam de verdade sua efetividade.

Até podemos aprender sem que ninguém ensine, mas é impossível ensinar sem que alguém aprenda. O ensinar pressupõe um aprender.

Se, neste formato, o objetivo da avaliação de compreender e medir o aprendizado não se cumpre plenamente, é preciso desenvolver um novo olhar, uma nova perspectiva para que seja funcional.

 

Um exercício que gostamos de fazer

Um exercício que gostamos de fazer com as turmas para introduzir a importância da avaliação no processo de ensino-aprendizagem é o de perguntar aos estudantes como fazer panquecas

De cada canto da sala são citados os ingredientes, farinha, leite, fermento e etc. Quando reunidos todos os ingredientes os questionamos: como saber se está boa? “Prova!” É uma resposta unânime. E se não estiver boa? “Volta e conserta”.

É através dessa analogia que conseguimos mostrar o objetivo por trás da avaliação e da recuperação. Essa construção de significado faz, inclusive, com que os estudantes encarem estes processos com menos medo e ansiedade.

 

Como construir processos avaliativos que façam mais sentido para o jovem?

Muitas vezes estamos falando de apenas 1 professor para 5 turmas, com pelo menos 30 estudantes em cada uma. Entendemos a dificuldade de construir e operar processos avaliativos diferentes. Quando trazemos a avaliação para o contexto socioemocional, isso se torna ainda mais complexo.

Em resposta à pressão que carregam esses números (somos um só para dar conta de muitos!), vimos muitas propostas de educação socioemocional que acabaram aderindo aos métodos de avaliação tradicional. Neste contexto, estes métodos as distanciam ainda mais de seu significado. 

 

Então, como avaliar socioemocionais?

Nós da HUMANA Educação queremos te ajudar a quebrar os paradigmas e mudar o processo avaliativo através de uma nova perspectiva e uma nova dinâmica de avaliação no contexto socioemocional.

Trazemos como solução a autoavaliação, distante de qualquer forma de coerção e medo. Os resultados não são encaminhados para os pais e não há punição ou repreensão. É nessa liberdade que encontramos respostas honestas e vemos resultados verdadeiros no processo.

 

Rubricas Competências Socioemocionais

 

Temos em mente que toda avaliação tem suas limitações, mas entendemos também que o exercício e a prática conduzem a melhoria e que o processo exige flexibilidade para repensar. É dessa maneira que conduzimos os estudantes através de seus resultados.

A devolução desses resultados não almeja apontar falhas e sim chamar a atenção para coisas importantes. Os resultados não são rótulos definitivos e sim pontos de partida para a evolução

A avaliação é o começo de um processo contínuo que acompanha as vivências e mudanças dos estudantes, um guia para os aspectos que podem ser ainda melhores. Aspectos que quando explorados repercutem de maneira positiva em avaliações futuras e na comparação dos estudantes a respeito da sua própria evolução

A autoavaliação é uma maneira de humanizar o processo e é uma grande tendência para o futuro da educação.

 

Diferente da panqueca, não tem modo de preparo pré-definido para educação. Não existe ingrediente milagroso. Mas se pararmos para pensar, as receitas que passam de uma geração para a outra são sempre as mais especiais

Assim é a educação, uma receita que requer muitas mãos para ser feita e constantes provas para atingir o ponto. Nós da HUMANA Educação queremos, em parceria com a sua escola, construir uma educação mais humana e um processo avaliativo cheio de significado

Faz sentido pra você? Vamos conversar:

(14) 99602-0101
thati@humanaeducacao.com

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